Já é tarde. Deixei a janela entreaberta para poder ver a lua. Com a cabeça na almofada, perco-me na luz branca que reflete, numa doce ilusão à tua volta. Como uma garota, cada vez que o telemóvel vibra penso que és tu a desejares-me uma boa noite de sonhos tranquilos. Mas não. Era só mais uma mensagem daquelas com promoções dos supermercados. Volto ao momento parado no tempo, em que sentimentos estão suspensos naquela névoa de incertezas que se balança na canoa que segue o leito do rio... ainda nos rápidos, está longe de atingir a calma perto da foz. Mas fluem. E aumentam de tamanho tal como o leito de um rio. Sigo a corrente.
a bonança
Estamos constantemente a ser testados e no momento em que isso acontece, é raríssimo reconhecermos a situação.É preciso vir o "depois". É preciso deixar as águas acalmarem para voltar ao mar. Se insistes em relações com pessoas que não chegam a tomar a iniciativa de te contactar é porque não é para ser. Aliás, a atitude de "insistir" já diz tudo: estás a forçar algo, e se o fazes não acontece de forma natural. Simples, não é ? Mais. Essas pessoas estão a sair da tua vida, a afastarem-se. Nada é por acaso. Se se afastam, não estão presentes, fazem parte do teu passado. Elas existem e contribuíram para o que és hoje, para as decisões que tomas pois pressupõe-se que tenhas aprendido alguma coisa com elas. Pensa. Reflete. Faz uma lista da lição ou lições que tiraste de cada relacionamento, quer seja a vizinha que não voltaste a ver, um colega de escola, um familiar,... e aí vais perceber o que não deves voltar a fazer. Já é um bom princípio! São fases, são etapas, é co...
Comentários
Enviar um comentário