Colocarmo-nos no lugar do outro. Não é apenas sentarmo-nos na cadeira onde habitualmente se senta ou tomar pequeno-almoço igual e no mesmo local. Não. É tentarmos vestir a vida dos outros no nosso corpo. Imaginar o que é a vida diária de um destes médicos, enfermeiros ou auxiliares enquanto durar esta pandemia de covid-19… E não imaginem apenas os riscos que correm em ambiente hospitalar. Pensem que estas pessoas têm vida familiar como nós. Têm filhos mais novos ou mais velhos, não interessa. Têm pessoas idosas e/ou doentes. Têm de fazer compras nos mesmos supermercados que outros, confecionar refeições, mudar fraldas, fazer sopas, passear o cão, visitar/ajudar algum amigo ou familiar… o dia só tem 24 horas para qualquer um de nós. Os vencimentos não aumentam; pelo contrário, se houver baixas médicas, diminui. E há quem não tenha emprego, nem trabalho lhe aparece. E os idosos que vivem sozinhos de uma mísera pensão? Pois. Não é só nesta situação. De vez em quando, coloquem-se hipoteticamente no lugar dos outros. Sejam humildes, baixem a guarda e tentem ver o mundo pelos olhos daqueles cujas atitudes e comportamentos questionam precisamente por não se identificarem com eles. Ter a capacidade de nos colocarmos no lugar do outro, é aderir ao desenvolvimento pessoal ativando a inteligência emocional. Perante o mesmo objeto, sabemos que há diferentes perspetivas. Assim é a vida. O segredo reside em como cada um de nós a vive e tira proveito dela. Certo ?



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