Artista de rua
Quantas vezes, afogada em pensamentos, tropeçando em problemas sem resolução à vista, perdida no meio da multidão que me arrastava como uma corrente de um rio que leva mais um galho caído de uma qualquer árvore... quantas vezes me foquei em alguém na rua que de forma diferente chamava a minha atenção fazendo com que me abstraísse do enredo em que atolava a minha vida...e ali ficava por uns minutos, sem vontade de voltar as costas porque tudo voltava, mas aqueles instantes eram mágicos e na maior parte das vezes adormeciam os problemas ou tornavam-me dormente, nem sei... fosse o velhinho a tocar acordeão ou o artista de circo nos semáforos, qualquer deles ou outros sempre significaram muito para mim e eles próprios nem sonham a importância que lhes atribuo nesta correria diária. Parar para os ver ou ouvir, é parar para respirar, é levantar a cabeça do chão e fazer a pausa necessária para melhor enfrentar cada situação.
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