Fico triste quando constato que as pessoas mais próximas, aquelas que penso que me conhecem, afinal ignoram-me. Chega a custar-me mais do que uma traição. Porque numa traição a pessoa conhece-me, estudou-me e sabe como me iludir e enganar. Não sou pessoa de arrasar ou aniquilar qualquer tipo de relação seja de que tipo for, deixo sempre um fio porque o tempo passa e as pessoas evoluem enquanto indivíduos, para além de que todos precisamos uns dos outros. Estou sempre receptiva, abro os braços para qualquer ser humano que de mim precise dentro das minhas possibilidades. Mas quando começam a fazer que não me vêem, que não existo (depois de ter tido tanto destaque) faz-me por em causa uma série de eventos passados. Pensar que a preocupação atormentava-me os pensamentos e questionava como minimizar os efeitos de um afastamento necessário ainda que com sentimentos. Afinal está justificado. Procuramos no "outro" o nosso próprio reflexo e se não encontramos, não conseguimos que a imagem corresponda. Ponto. Por isso mesmo para mim a amizade é a melhor forma de amor que conheço. Na amizade a sinceridade impera, sem máscaras, sem ilusões, sem desculpas, é directa, permite o erro, o defeito, e parece intensificar-se precisamente porque ninguém finge um papel para agradar ao outro pois que nenhum actor pretende representar o que quer que seja, é por si só aquilo que é.



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