A minha alma parece-me ser maior que o meu corpo. Há uma tentativa constante de ultrapassar os limites corpóreos. Às vezes sinto-me presa, limitada, apertada, sem poder esticar, as palavras baralham-se ou subitamente fico desastrada porque os pensamentos se atropelam e lhes falta ordem na revelação. Tropeço, deixo cair algo, ou choco com alguma coisa sem querer e depois de uma breve pausa retomo então a ordem, a calma, a serenidade. Inspiro, expiro. Sim, a respiração é fundamental, afinal é a condição para que eu esteja viva e esquecemos-nos que respiramos. A respiração consciente muda tudo ! Desvia o foco, ajuda nos movimentos, na reposição da ordem e calma, no alinhamento de todo o ser. Corpo, mente, espírito. E no silêncio olha-se para dentro e descobre-se a luz, o amor, a razão de ser como é e não de outra forma. E aceita-se. Nada será igual amanhã, estamos em constante evolução e é no encanto da pluralidade que percebemos o que nos une. Ser livre é ter a possibilidade de escolher. Escolho a liberdade do meu ser. Estou em nova metamorfose. Um dia vou nascer borboleta e acariciarei cada flor debaixo do astro Rei. Ou serei pingo de chuva que nutre a terra. Quem sabe se serei árvore e ficarei por cá mais tempo enraizada...



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