a bonança

 Estamos constantemente a ser testados e no momento em que isso acontece, é raríssimo reconhecermos a situação.É preciso vir o "depois". É preciso deixar as águas acalmarem para voltar ao mar. Se insistes em relações com pessoas que não chegam a tomar a iniciativa de te contactar é porque não é para ser. Aliás, a atitude de "insistir" já diz tudo: estás a forçar algo, e se o fazes não acontece de forma natural. Simples, não é ? Mais. Essas pessoas estão a sair da tua vida, a afastarem-se. Nada é por acaso. Se se afastam, não estão presentes, fazem parte do teu passado. Elas existem e contribuíram para o que és hoje, para as decisões que tomas pois pressupõe-se que tenhas aprendido alguma coisa com elas. Pensa. Reflete. Faz uma lista da lição ou lições que tiraste de cada relacionamento, quer seja a vizinha que não voltaste a ver, um colega de escola, um familiar,... e aí vais perceber o que não deves voltar a fazer. Já é um bom princípio! São fases, são etapas, é como um virar de livro quando acaba a história (sim, não é um virar a página, se não lá vinha outro capítulo...). Isto acontece de tempos a tempos. Vão uns, vêm outros, porque não somos sempre iguais, sou grata por evoluirmos e nos adaptarmos a novas situações. Só saindo da zona de conforto vamos acrescentando mais confiança a cada passo, são os novos desafios que nos permitem vencer medos. Quando no cenário da vida nos parece que estamos a ficar sozinhos em palco, é porque vamos passar a outro acto; obviamente tem  de haver um corte para as personagens não se confundirem nem misturarem. Tomemos como exemplo,  quando deixei de fumar mudei de ares e passei a frequentar outros locais digamos, mais saudáveis. Deixei de ir ao café porque lhe associava o cigarro, passei a fazer exercício físico e a adoptar melhores hábitos e naturalmente houve pessoas a partir e pessoas a chegar. Foi bom, valeu a pena. Como dizia o poeta, "vale sempre a pena quando a alma não é pequena".