Sinto-me tão limitada pela sociedade. Tão certinha, tão boa menina...
Vou pela rua a observar as pessoas e umas dão-me vontade de rir, enquanto outras provocam-me tristeza momentânea. E olho para mim, também eu moldada pela sociedade, valores e educação que me passaram e pergunto-me: serei inteiramente livre ?? e a resposta chega, claríssima, transparente: NÃO ! Sou livre no pensamento e na intimidade, apenas. Mas até na escrita, mesmo a que é só para mim, sou frequentemente censurada pela minha mente mais escura que com o peso de togas divinas me repreende e ostraciza. Tanto pensamento preso num corpo, como um grito calado que ameaça soltar-se num eco sem fim !
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