Responsabilidade afetiva

Não existe relação livre sem responsabilidade afetiva – Amores Livres

Tema na ordem do dia por todas as amizades virtuais desenvolvidas e a possibilidade instantânea de descartar gente na vida da gente. Sim, porque a amizade pode ser virtual mas é alimentada por gente de verdade. E gente... tem sentimentos. Não venho aqui para me desculpar de nada; sou humana como todos os outros, ou seja tenho sentimentos e cometo erros. Simples. A questão é naturalmente complexa mas perfeitamente entendível. A nossa responsabilidade afetiva traduz-se na empatia que provocamos no outro ao transmitir-lhe sentimentos no relacionamento. O que lhe passamos pode ou não criar semente que por si brotará e dará fruto, ou não vingará. À partida, quando lançamos a semente não sabemos se enraizará, mas podemos deixar cair algumas sementes do bolso sem dar por isso e que pegam até na beira da estrada, ou seja em terrenos que não esperávamos. Seja como for, o que transmitimos aos outros é da nossa inteira responsabilidade. E para que a outra pessoa perceba as nossas intenções é imprescindível que sejamos verdadeiros, claros, caso contrário a outra pessoa pode entender algo diferente e gerar conflito de sentimentos, desequilíbrio emocional, provocando um efeito indesejado. Não dizer o que não se sente, não dizer o que não se tem certeza é fundamental para não criar ilusões na outra pessoa. Mas devemos dizer tudo o que sentimos, não calar quando se quer falar. As pessoas só podem ter certeza do que lhes dizemos, não do que não dizemos. Tratar os outros com seriedade para obter confiança. Somos responsáveis pelo que cativamos nos outros e também pelo que deixamos que dos outros entre em nós. Pois. Este nome "responsabilidade afetiva" pode, quanto a mim, funcionar nos dois sentidos. No fundo, mais não é que respeito pelo outro e por nós mesmos. As relações funcionais dependem essencialmente da clareza da comunicação entre os membros envolventes, sinceridade, interesse real e do sentimento que os une. Assim, não faças planos para o futuro se só queres o momento do aqui e agora. O amor não é efémero...


Amanhã, talvez,
não estejamos mais aqui.
É preciso compreender o efêmero
para saber o eterno.
O eterno é o amor que damos e recebemos;
é o bem que fazemos, sem esperar recompensa…
Apenas isso... Vestígios de nossa passagem...
que levaremos à eternidade.

Cika Parolin

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