À procura de certezas...

 A dúvida só surge após a tomada de consciência do conhecimento. Sem conhecimento que dúvida poderá surgir ?? Como poderás encontrar vestígios de água num balde que permaneceu sempre seco ?... Mas à partida estás em vantagem pois já conheces o que é a água e um balde... Vazio infinito preenchido de pequenos nadas... Medicação ?!

Desapego emocional. Tão necessário e tão difícil. Primeiro passo de todos a dar é assumir a responsabilidade por si mesmo. Ninguém respira por mim, ninguém vive por mim, logo sou eu o meu propósito de vida, sou responsável por mim e não dependo dos outros para ser feliz. Se já é por vezes difícil desapegarmo-nos das coisas materiais, principalmente as que têm um valor sentimental incalculável como por exemplo objetos que foram de nossos avós e não queremos perdê-los, ainda mais doloroso é desapegar de alguém que gostamos. Mas o desapegar de coisas materiais é o primeiro passo a dar. É às pessoas que devemos dar valor, não às coisas. Mesmo as tais coisas de valor sentimental, quanto mais as mantivermos mais bloqueios nos vão infligir, menos energias fluem. Esta época do ano é ideal para renovar energias, para deixar ir o que não faz falta; arrume gavetas e armários, dê a roupa que não veste, limpe, desinfete, renove, refresque. Desapegar de pessoas é também fundamental. Mesmo u...

Mandas-me flores mandas-me o rio azul o sol a serra mandas-me o que a vista alcança mandas-me o que quero ver as palavras que quero ouvir o silêncio que preciso ter sabes o que quero sentir conheces-me por dentro apenas tu...

Que saudades tenho do mar de sentir o cheiro a sal enquanto caminho com os pés descalços na areia húmida de mãos dadas com a liberdade o embalar das ondas a rebentar o sol no rosto as gaivotas sobre os pensamentos difusos sonhos lançados naquele vai vem de espuma que desfaz tristezas renova a alma dá colo à esperança acreditando no amanhã e trago essa energia na interminável coleção de conchas falhadas apanhadas em cada reflexão em cada virar de costas.

Menina da mãe Sempre fui a menina do pai. A que brinca com o pai, vai com o pai a todo o lado de mão dada e orgulhosa exibe aquele sorriso na cara, esperando ter um homem igualzinho ao pai quando for mulher. Mas não tenho, nunca tive e dificilmente encontrarei. Sabem porquê ? Talvez porque seja muito mais a menina da mãe. Esta força interior, este poder que me move e me faz ir mais além e vencer, esta capacidade de andar sempre de cabeça erguida na rua, sorrir quando apetece chorar, andar mais uns metros quando as pernas já só querem descansar, inventar uma refeição depois de anos a cozinhar todos os dias sem que haja uma sugestão na escolha... Esta vontade constante de amar mesmo com o coração tantas vezes despedaçado por quem é limitado no amor, este estado de alma em que os passarinhos cantam enquanto aproveito para ver as diversas formas que as nuvens tomam no céu, a predisposição para ouvir os outros de coração aberto e após tantas vezes ludibriada continuar a fazê-lo cada vez ...

Olá. Neste tempo de recolha, de recato no lar, tenho vindo a mexer e remexer em coisas antigas, sejam físicas sejam espirituais, numa tentativa interminável de pôr ordem no que não tem necessariamente de estar ordenado. Nada tem uma sucessão obrigatória nem tampouco lógica, apenas o é cronológica. Deixemo-nos de "borboletas". Hoje vou (re)publicar uma história que foi escrita em vários dias. Cada dia, uma reflexão, um estado de espírito. Criei a Alice...para depois perceber que a Alice sempre existira, não fora criada. A história chama-se "A Grande Caminhada da Vida". Espero que gostem e vos faça pensar em algumas coisas que não seja habitual mas que são fundamentais para esta grande caminhada diária. A grande caminhada da Vida Alice, mais uma vez, sente que na sua caminhada tem de parar um pouco para descansar e refletir. Dá mais uns passos, ainda que vagarosamente, para logo se sentar um pouco naquele banco de luz. Senta-se e sente-se encantada. Deixa...

Mais um dia de chuva. Mais um dia de confinamento nesta quaresma sombria. Este período, mesmo para quem não é crente em coisa nenhuma, já é de si próprio um tempo que convida à introspeção, à limpeza do espírito. É um tempo de preparação, de libertação, de fé, de esperança no futuro. Toda a Natureza mostra a sua flor que dará o fruto mais tarde. Se todo o planeta quis dar flor e nos atirou para dentro de casa, permitindo assim a renovação da atmosfera e terras que se julgavam inférteis, provando-nos que a verdadeira essência da vida não está nos serviços e objetos supérfluos, não saberá o ser humano florir também ?? Está na hora de quebrar barreiras e assumir a mudança. Ir ao canto mais recôndito em cada um buscar a mais primitiva força de sobrevivência entre iguais. O tempo está a nosso favor, a renovação é possível. Começar de novo assusta sempre mas é uma oportunidade de um novo caminho, como cada manhã em que abrimos os olhos pela primeira vez no dia. O céu pode estar enublado,...

Cai a chuva lá fora, com força, como que para levar de uma vez este vírus que tudo invade alterando a vida de todos, infetados ou não. Uns lutam e sobrevivem, outros morrem sem hipótese. Outros há que nem chegarão a ser infetados. Tudo depende do historial clínico de cada um e da sua imunidade. O amor também é uma espécie de vírus. Dependendo do passado de cada um com mais ou menos experiências nesse campo, pode ser-se atingido. O vírus prospera em situação de baixa imunidade e estado de carência vitamínica diária de contacto humano. Ao segundo espirro, deve impreterivelmente evitar-se o terceiro. No entanto, há quem seja portador de amor sem que o vírus lhe provoque debilidade. Ao contrário, fortalece-lhe todo o sistema de defesa.